COMPORTAMENTO
Hatha Yoga é o sistema de Yoga mais popular do mundo e mais fácil de se praticar. O seu desenvolvimento aconteceu na civilização indiana e está relacionado ao processo de valorização do corpo integrando corpo e mente. O Hatha Yoga entende que o corpo é a verdadeira essência de cada um. Não há limite de idade ou constituição física para ser um praticante. Todos podem praticar e perceber seus efeitos, independentemente de algumas limitações físicas.
Algo importante para a prática do Yoga é não criar expectativas. É estar aberto a perceber o que a prática pode oferecer, buscando os efeitos dos exercícios e o que eles proporcionam em termos internos, muito mais do que externos, não se “prendendo” na execução de determinada postura, somente para provar a si mesmo que é capaz ou se exibir aos outros. A entrega faz muita diferença para a prática.
A prática do Yoga não envolve crenças específicas, pessoas de diferentes religiões podem praticar, porque não está ligado a uma religião determinada. Porém, o Yoga integra o homem em alguns de seus aspectos: físico, mental, emocional e espiritual. Dessa forma, a prática de Yoga não se resume a exercícios físicos que fortalecem ou alongam, pois também interfere em âmbitos mais internos, essenciais de todos os homens.
A estudante de Filosofia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), praticante e instrutora de Yoga, Luiza Pacheco, 22, teve o primeiro contato com o Hatha Yoga aos 19 anos ao trabalhar na escola Yogabahia com professor Marcos Aquino. Concluiu sua formação como instrutora aos 20 anos e no fim de 2013 começou a dar aulas para pessoas próximas. Mas foi somente no início de 2014 que pode abrir sua primeira turma.
Para Luiza, o Yoga não cura as pessoas, mas auxilia na serenidade que um tratamento necessita. É um meio para que entrem em contato com elas mesmas, se conheçam melhor e se entendam. O Yoga por si só não é o motivo de transformação e sim o meio para algumas pessoas se transformarem, a partir do reconhecimento do que precisam melhorar dentro de si. Assim como o Yoga pode ser esse meio, outras práticas também podem. Esse ponto é muito subjetivo e pessoal, porque a transformação acontece a partir da vontade de cada um, de uma força de querer se transformar.
O Yoga propõe mais consciência da respiração para assim se retomar a concentração, a calma e o equilíbrio. Por meio das técnicas ensinadas se tem o intuito de remover elementos como o stress, diminuindo o fluxo, a ansiedade e o nervosismo. “Não se deve pensar no Yoga apenas como prática de posturas difíceis. Se Yoga se resumisse a posturas difíceis, os grandes mestres do Yoga na velhice deixariam de serem mestres por não conseguirem mais executar todas as posições. Yoga é uma prática que nos integra, que nos une como o próprio termo indica, e que não deve ser empobrecida com a tendência de ser considerada apenas uma prática física como tem acontecido atualmente, especialmente no Ocidente”, conclui a instrutora Luiza.