top of page

Uma visão feminina do kitesurf

ESPORTE

Engana-se quem pensa que esportes radicais são apenas para homens. O gosto pela adrenalina, o desejo de encarar desafios, de superar seus limites também é compartilhado pelas mulheres. Surfistas, skatistas, esquiadoras, não faltam exemplos. E nas praias de Salvador vem crescendo o número de praticantes femininas de um esporte relativamente novo na cidade.


O kitesurf é um bom exemplo de atividade em que não há distinção de gênero. O esporte foi inventado em 1985 por dois irmãos franceses: Bruno e Dominique Legaignoux, e depende apenas da intensidade do vento. Resumidamente, consiste em uma prancha puxada por uma pipa de grandes proporções. Para a prática do esporte é necessário três equipamentos: trapézio (cinturão que liga a cintura do atleta na pipa), prancha e o kite (que significa pipa em inglês).


Aqui no Brasil o melhor lugar para realizar a modalidade é o Ceará, pois venta bastante o ano todo, com velocidades médias de 60 Km/h. Na Bahia, os ventos alcançam em média 28 Km/h, e não são tão constantes como em mares cearenses. A cidade de Tarifa na Espanha é considerada a capital mundial do kitesurf e também do windsurf, atraindo praticantes do mundo todo.


A produtora de cinema Cândida Liberato, 47 anos, praticante assídua do esporte, conta que não há nenhuma diferença entre a figura masculina e feminina, apenas as mulheres são mais cautelosas. Suas atuações são tão boas quanto às dos homens, porém cada um a sua maneira. Cândida também treina outras modalidades como stand up paddle e wakemotor juntamente com seu marido Márcio Albuquerque, que é instrutor dessas modalidades esportivas, além do kitesurf.


Cândida Liberato, praticante de kitesurf

Em uma tarde de sábado, Liberato chega em Praia do Flamengo para mais um treino. Todo o equipamento utilizado para a prática do esporte cabe em uma grande mochila sendo de fácil deslocamento e a montagem do mesmo é realizada por ela rapidamente por cerca de 15 minutos. Quando há mais praticantes no mesmo local todos se ajudam na montagem e também dentro d’água, todavia a própria pessoa pode facilmente elaborar todo o processo pré e pós treino.


Uma regra básica na escolha do tamanho da pipa: quanto menos vento, maior o kite, pois tem mais tecido para segurar o vento. Já quanto menor o peso da pessoa, menor também o kite. As principais modalidades do kitesurf são: regata, freestyle e surf. Apesar de muita gente achar que precisa ter braços fortes para aguentar a força do vento, na verdade o maior esforço é nas pernas, para prender a prancha no mar. Cândida ressalta: “O esporte não depende de força e sim, de técnica. O condicionamento físico se adquire com a prática”.


É um esporte seguro e democrático, porém como todo esporte requer seus cuidados, o respeito com as condições do tempo e do mar. Na Bahia não há tantos praticantes, e as mulheres são em pequeno número. O polo de concentração de praticantes tanto de homens quanto de mulheres é no Ceará, devido às condições climáticas serem bastante favoráveis.

Denise Simões na Praia do Flamengo

Na praia de Buraquinho são ministradas aulas particulares de acordo com a disponibilidade do aluno e professor e condição do vento. O local escolhido é por conta do mar ser mais tranquilo. Piatã e Flamengo, por terem um mar mais agitado, são recomendadas para praticantes mais experientes. O treinamento inicial consiste em 4 horas na areia e 4 horas no mar com kite de 2,5 metros (o tamanho varia até 17m)


Denise Simões, 29 anos, moradora de Praia do Flamengo, praticante de kite há mais de dois anos, cita que o esporte é uma forma de relaxar. Seu marido também é praticante e seu maior incentivador. Para ver mais fotos das praticantes de kitesurf, acesse a aba "Outside" da nossa revista!


Maiores informações: Sobre o curso: Escola Toe Side de Kitesurf e Stand Up Paddle.

Instrutor: Márcio Albuquerque.

Contato: 9272-7809.

Site: cabrinhaskites.com

Facebook: https://www.facebook.com/Toesideks?fref=ts

Sobre o esporte: http://www.mundokite.com.br/



bottom of page